Anjos da Escuridão
Somos as almas sombrias;
Perdidas na escuridão;
Sedentas de sangue;
E vazias de coração;
Misturamos-nos ao mundo;
Na imagem de um anjo decaído;
Que já perdeu o sentido de viver;
E o conhecimento;
De todo o mundo ao seu redor;
Nos mata lentamente;
No tédio da solidão amarga;
Que já não sangra mais no coração;
Morto pela realidade.
Cai a noite sombria e obscura;
Trazendo o dia;
Para as criaturas da escuridão;
Que a realidade sangrenta cria;
A cada dia almas de corações feridos;
Estamos fartos de sangrar;
Pela lamina da falsidade;
Que massacra os seres que sonham;
Mostrando-nos que a realidade é sangrenta;
Vivo vagando perdido entre as sombras;
Com duas mortes em minhas costas;
A morte da felicidade e a morte do amor;
Vagando sem alma me torno mais forte;
Mas o preço da força;
Tornou-me vazio e sem esperanças;
Apenas vagando sem sentido;
Imune e incapaz de ter sentimentos;
E de sangrar pelo amor ou pela dor;
Tornei-me o anjo decaído;
Que todos temem a me ver;
Na escuridão da noite.
Escrito por: Leonardo Menezes Esteves.